Também alvo
de pedido de indiciamento da Procuradoria da Audiência Nacional da Espanha, o
ex-presidente do Santos Odílio Rodrigues pode ter o triplo da pena de prisão de
Neymar em caso de condenação na investigação de uma suposta fraude contra o
fundo DIS.
No parecer
apresentado pelo procurador José Perals ao juiz José de la Mata, segundo a
agência EFE, Odílio é enquadrado no crime de fraude, enquanto o jogador, por
corrupção entre particulares. Para o primeiro, na justiça espanhola, a pena
pode chegar até seis anos; e, no segundo, no máximo dois.
Se de fato
forem ao banco dos réus, Neymar e seu pai seriam julgados com base nos artigos
286 e 288 do código penal espanhol, que prevê penas de prisão entre seis meses
e dois anos, além de multas consideráveis - sem antecedentes, porém, eles não
seriam presos.
Já pelo
crime de fraude, são denunciados Odílio, o próprio Santos, o Barcelona e também
o ex-presidente do clube espanhol, Sandro Rosell, envolvidos diretamente na
negociação. Nesse caso, em virtude dos altos valores envolvidos, a pena varia
de um a seis anos de prisão.
Na
legislação espanhola, o valor da fraude tem influencia direto na pena. Se a
quantia não ultrapassa 400 euros, por exemplo, o ato sequer é considerado
crime, mas apenas uma falta. Já quando supera 50 mil euros, como é no
"caso Neymar", a punição endurece.
No
entendimento do Ministério Público espanhol, a DIS tem direito a receber mais
3,22 milhões de euros, fruto dos 40% que detinha sobre os direitos do atleta na
época. O fundo recebeu esse percentual referente a 17,1 milhões de euros, mas o
Barcelona pagou mais pela negociação.
Se
ex-presidentes de Barcelona e Santos correm risco, o atual mandatário da equipe
espanhola, Josep Maria Bartomeu, teve pedido de arquivamento de seu nome no caso,
"por não ter liderado, nem ter sido parte ativa das negociações e acordos
para a contratação de Neymar".
ESPN
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