Meia do
Santos vai ser auxiliar técnico a partir de 2017. Elenco invadiu coletiva e o
técnico Dorival Júnior entregou a camisa da comissão técnica
Elano
oficializou a aposentadoria para virar auxiliar técnico do Santos a partir de
janeiro de 2017. Ao lado de Léo, Renato e Ricardo Oliveira, amigos de longa
data, o agora "professor" garantiu que não tem dúvidas sobre a
decisão e que não guarda nenhuma mágoa da carreira.
O meia vai
ser relacionado para a despedida contra o América-MG neste domingo, às 17h (de
Brasília), na Vila Belmiro. A tendência é de que ele comece no banco de
reservas e atue por alguns minutos no segundo tempo.
– Esse é o
momento que pertence a todos. Vivo com alegria meu encerramento de carreira,
atleta que procurou se dedicar e fazer o melhor com todo o respeito aos
companheiros e imprensa. Encerro com meu coração em paz e um saldo positivo do
que eu vivi como atleta. Quero dizer que eles (atletas) que nunca vão perder um
amigo. Obrigado a todos do elenco. Dorival, que tem sido um grande amigo, um
cara com grande influência na decisão. É momento de agradecimento e não de
lamentar. Tristeza com o acidente trágico, mas feliz pelo que Deus me
proporcionou ao longo de 20 anos de carreira. Quero evoluir e aprender dentro
do que eu vivi como atleta e quero viver isso na comissão técnica, sempre
olhando nos olhos dos amigos, dos meus atletas, e que tenham um amigo que possam
contar desse lado, agora de preto (camisa da comissão técnica) – disse Elano,
emocionado.
Elano garantiu que se sentia bem para continuar em campo,
mas optou por já iniciar a carreira como técnico. A ideia é ser treinador
profissional no futuro. A princípio, ele vai trabalhar ao lado dos auxiliares
Lucas Silvestre e Serginho Chulapa.
– Tinha a possibilidade de continuar como atleta, me sinto
apto, treino todos os dias normalmente. Mas vejo como grande oportunidade e
gratidão por receber esse convite. Não é simples. É gratificante. Ao longo do
tempo vinha me preparando, nas orações, madrugada, silêncio. Tenho certeza que
a decisão foi acertada. Chegou o fim. É momento de parar mesmo. A decisão é
tranquila. E agora é iniciar a outra carreira, aprender. Tenho vontade de ser
técnico, mas deve demorar. Quero aprender e evoluir no dia a dia – completou.
Na parte final da entrevista, vários jogadores do Peixe
invadiram a sala de imprensa e jogaram água em Elano. Na sequência, o técnico
Dorival Júnior e outros membros da comissão técnica entregaram a camisa preta
da comissão técnica, com os dizeres "Bem-vindo Elano".
Dorival brincou e avisou o elenco que essa era a
última brincadeira com Elano e que agora ele tem que ser chamado de
"professor" e tratado com respeito. E como faltavam 10 minutos para
começar o treino, marcado para às 16h, o camisa 11 pediu para trazerem a
chuteira para ele pode
Veja o que Léo, Renato e Ricardo Oliveira falaram sobre
Elano:
Léo
– Elano é um profissional sério, sempre muito dedicado. Cara
que auxiliou companheiros, muito identificado com o clube. Desejamos que ele
exerça realmente essa nova carreira com todo o apoio da direção e atletas. Que
ele possa ser tão vitorioso fora de campo como foi dentro.
Renato
– Conheci o Elano no Guarani. É um irmão, que me ajudou
muito no início, no Guarani, família dele me acolheu em casa. Quem é do
interior fica longe, acabava indo pra casa dele.. agradeço de coração pelo que
ele e a família fizeram por mim. Sou suspeito para falar. Nunca quis perder.
Briga pelo que é correto sempre, a trajetória mostra isso. Acho que ele nessa
nova carreira atrás das quatro linhas vai acrescentar a todos, já vinha
acrescentando. A gente já entendia um pouco do que ele nos passava de fora. Acho
que quem vai ganhar com isso é o Santos. Pela experiência, vivência na
carreira. Nada foi fácil e eu estive presente e posso falar abertamente. Sempre
trabalhou pelo que achava certo. Foi vitorioso e tem muito a acrescentar em um
grupo jovem, com vários garotos. Elano nessa nova carreira não tenho dúvidas
que também vai ser vencedor. Santos vai ganhar muito com isso.
Ricardo Oliveira
– Conheci o Elano em 2003 e surgiu amizade, respeito,
carinho.. depois voltamos a nos encontrar depois de 12 anos e o cara continuou
a mesma pessoa. Eu quero tachar o Elano como vitorioso nato. Em 2003 ele já
odiava perder, empatar, errava cruzamento e brigava com ele... dava puxão de
orelha quando errávamos. Não mudou nada. A gente perde um líder, um cordão de
dentro de campo, que exercia a profissão, mas ganhamos um líder que vai nos
auxiliar fora. Ele vai estar ali com a gente. Isso me tranquiliza. Futebol
proporcionou muita experiência, ele cresceu, estudou, se aperfeiçoou. Conhece
muito de futebol. Ele passa para nós de dentro de campo o que às vezes não
enxergamos. É o que mais me impressiona, essa vontade e liderança, quer sempre
ganhar, sempre pensando em coisas grandes.r treinar.
FONTE : GLOBO ESPORTE
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