Quem acompanha o Santos há pelo menos dois anos deve ter
visto que o clube se acostumou a ser figurante no mercado da bola. Com graves
problemas financeiros deixados pela gestão anterior, o presidente Modesto Roma
Júnior assumiu o Peixe no começo de 2015 sem poder fazer grandes contratações e
ainda vendo diversos jogadores entrarem na justiça e deixarem a Vila Belmiro
por conta de atrasos salariais.
Porém, parece que tudo mudou neste final de ano. Logo após o
término do Campeonato Brasileiro, o alvinegro concretizou o acordo para trazer
o zagueiro Cleber, ex-Corinthians e que estava no Hamburgo, da Alemanha. O
detalhe é que o clube desembolsou a bagatela de 2 milhões de euros (cerca de R$
7,3 milhões), em duas parcelas, por 60% dos direitos econômicos do defensor de
26 anos.
A contratação de Cleber foi apenas um indício de que o
Santos pretende investir alto durante o período de negociações. Acreditando que
o técnico Dorival Júnior já tem uma base sólida, a ideia da diretoria é trazer
reforços pontuais e 'cascudos' para a disputa da Copa Libertadores da América.
Na lista de nomes analisados pelo Peixe estão Marinho, do
Vitória, Robinho e Cazares, do Atlético-MG, Marcos Guilherme, do Atlético-PR,
Berrío e Guerra, do Atlético Nacional, Willian Tesillo, do Santa Fe, e o
centroavante Luis Fabiano, que rescindiu seu contrato com o Tianjin Quanjian,
da China, e está livre para negociar.
A nova realidade do alvinegro foi alcançada em função da boa
campanha da equipe no Brasileirão deste ano. Terminando com o vice, o Santos
recebeu R$ 10,7 milhões pela premiação da CBF. A boa colocação também confirmou
a vaga para a Liberta de 2017. E por conta dessa classificação, o clube está
muito próximo de garantir o patrocínio master da Caixa para a próxima
temporada, no valor de R$ 15 milhões.
Além disso, o Peixe ainda espera receber uma quantia em
dinheiro do Esporte Interativo, por conta de um acordo para as transmissões da
TV fechada. Isso porque o Palmeiras também fechou com a emissora no final de
novembro, por um valor superior aos R$ 40 milhões que o time de Vila Belmiro
recebeu. Porém, por força de contrato, os santistas precisam ganhar a mesma
quantia que o rival. Por fim, o clube ainda conta com os R$ 65 milhões da venda
de Gabigol para a Inter de Milão, em agosto deste ano.
"O patamar é sempre ligado a receita e despesa. Fazemos
as coisas analisando a despesa a partir da receita que temos. No ano passado
não tínhamos patrocínio. Neste, temos praticamente tudo (refere-se ao uniforme)
fechado", afirmou o presidente Modesto Roma Júnior. Terra
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